quarta-feira, 23 de junho de 2010

aperto.




'Cá entre nós:
fui eu quem sonhou que você sonhou comigo?
Ou teria sido o contrário?'

Caio F.



Ontem, antes de dormir, senti um aperto tão grande no coração que quase me faltou o ar. Chorei, sem saber ao certo porque chorava. Tantas coisas misturadas em mim, fedo, tantas coisas... Chorei ao lembrar de como foi bonito te conhecer, de como é lindo te amar, de como foi difícil te perder e de como é impossível aceitar. Chorei de saudade apertada em tanto sentir meu corpo solto por aí, aos ventos, sem destino. Chorei por tanta maldade que assola esse mundo. Chorei por mim e por tanta gente que sente dores iguais ou piores.

Dói tanto que a única coisa que se pode fazer é rezar. Hoje sei que o único que cura as dores do coração é Deus. Só Ele.

Depois, conversei bem calmamente com você. Preciso que você seja forte, fedo. Senão, não aguento também. Desabo. Prometi que te procuraria nos sonhos. Mas deixei avisado de que sou muito distraída, me perco nos caminhos, por isso você também teria que me procurar. Até que essa noite nos encontramos.

É loucura isso? Dizer que acordei um teco mais leve por sentir uma pontinha de saudade aliviada, simplesmente porque a gente se abraçou tão forte e tão verdadeiro nessa noite? Porque eu senti você me puxando, me abraçando, me beijando. Porque eu pude sentir novamente como é bom te ter por perto.

As pessoas dizem que precisamos aprender a ser felizes com o que temos. Eu, nego véio, preciso aprender a ser feliz com o que não tenho mais.

Te amo bonito, fedo. Te amo com fé. Te amo com muita saudade.



'Se amanhã o que sonhei não for bem aquilo,
eu tiro um arco-íris da cartola.
E refaço.
Colo.
Pinto e bordo.
Porque a força de dentro é maior.
Maior que todo mal que existe no mundo.
Maior que todos os ventos contrários.
É maior porque é do bem.
E nisso, sim, acredito até o fim.'

Caio F.

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