quinta-feira, 5 de novembro de 2009

por que?

Eu sei que tinha prometido não fazer mais nenhum questionamento sobre o que aconteceu. Porque já aconteceu, já foi, é irreversível.

Mas por que?!

Ai, essa pergunta não sai da minha cabeça, fedo...
Por que eu? Por que você? Por que nós?
A gente ia viver tantas coisas juntos ainda. E sem fazer mal pra ninguém. Na nossa, numa boa, como sempre foi.

Sabe... quando alguém me diz que preciso ser forte, porque tenho ainda uma vida inteira pela frente e tenho que recomeçar, fazer outros planos etc e tal... Quase morro de desespero, pança loka! Como isso? Como faz isso?

Primeiro, exatamente O QUE eu tenho que recomeçar? Me explica. Eu e você não terminamos nada pra eu ter que recomeçar algo. Essa história não teve fim. Nós fomos INTERROMPIDOS, e ninguém perguntou pra você ou pra mim se a gente concordaria com isso. Eu sempre acreditei que quando duas pessoas se gostam, elas DEVEM ficar juntas. Foi por isso que não implorei pra que você ficasse comigo quando você me terminou comigo. E foi por isso também que eu aceitei você de volta na minha vida, quando você descobriu que queria mesmo ficar comigo. Já estava certo, fedo! Então eu não tenho que recomeçar nada. Eu não sei o que eu tenho que fazer, mas não me diga que precisa haver um recomeço, porque aí sim, nada, absolutamente nada, faz sentido.

Segundo, como se faz outros planos quando a gente não tinha muitos planos? Quando o nosso plano era ficar juntos e não existia (nem existe) um plano B? E plano, fedo, não sei se as pessoas sabem, é aquilo que a gente estabelece na nossa vida porque quer, porque deseja, porque almeja. Eu não sei mais se eu ainda quero alguma coisa. Já quis, consegui e perdi... E agora? Faz o que?

E é aí que vem a terceira parte: faz o que com esse tantão de vida? Não me diga você também que ainda tenho uma vida inteira. É muita coisa, não faço a menor ideia do que fazer com tanta vida que colocam em mim. Parece até que minha alma já tem uns 80 anos, de tanta dor que senti. Só não digo que tem, por não ter sentido ainda a dor de perder meus pais. E essa é outra parte que me assusta. Eu tenho medo de viver muito, fedo... Tenho medo de ficar aqui por muito tempo e ter que ver tanta gente partindo... Por isso, não me diga que tenho uma vida inteira. Fica com você essa informação e não compartilhe comigo.

Tenho medo de a Ka achar que estou ficando doida, fedo. Porque eu só falo sobre você, dos sonhos que as pessoas me contam e dos sonhos que eu tenho. E eu digo pra ela, com muita convicção, de que é possível sim se comunicar através dos sonhos. Eu só quero ter fé, meu lindo...

E, por favor, não me diga também de que tenho que seguir em frente. Claro que não vou parar minha vida, fedo... Você ficaria muito bravo se eu fizesse isso. Mas sei também que você se lembra muito bem de que casar e ter filhos nunca foi a meta da minha vida. Pra mim, sempre foi possível viver sozinha e ser muito feliz. E se eu senti vontade de casar e ter filhos foi porque VOCÊ me fez sentir essa vontade. Só por isso.



Essa hora era pra você estar aqui comigo...
Essa hora era pra eu estar calma e feliz...

Também tenho saudades de você. E choro, choro muito por isso.
Sei que um dia o tempo vai amenizar tudo isso. Na verdade, sei nada. É o que todo mundo me diz, então deve ter algum fundamento. O riso também vai voltar. Mas nunca mais vai ser como era quando eu estava ao seu lado. Só de olhar as fotos e me olhar no espelho eu percebo isso claramente.

Te vejo nos sonhos, fedegoso.
Fica bem, com os anjos.
Um beijo com muito amor.



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