quinta-feira, 12 de novembro de 2009

um mês



Hoje faz exatamente um mês que você se foi, fedo... Faz exatamente um mês e dois dias que não te vejo, que não te abraço, que não te beijo, que não ouço tua voz. Tenho razão de chorar MUITO de saudades, né? (Pelo menos algo tem alguma razão).

Cada lembrança tua é um sorriso acompanhado de uma lágrima. É uma felicidade imensa por ter vivido isso com você e uma pontada aguda de tristeza por saber que não terei mais momentos assim com você.

As pessoas me perguntam como eu estou, sabe? Fico em dúvida sobre o que responder... Não sei se elas realmente querem saber como eu estou ou se perguntam por perguntar. Mas mesmo se eu soubesse que elas realmente querem saber como eu estou, eu não saberia o que dizer. Nem sei como estou, meu rapaz... Nunca pensei que pudesse estar tantas coisas ao mesmo tempo. Aí eu respondo: "tô bem e você?". Mas a verdade é que, como diria você e, claro, nosso amigo Sócrates, "só sei que nada sei".

Lembra da nossa última festa? Por obra de Deus, ou sei lá o que, foi justo a MOULIN ROUGE. A festa que você criou uma certa resistência de ir, mas acabou indo, porque eu tinha feito você me prometer de que iria nessa festa comigo. Era a festa, como eu dizia pra você, que esperava o ano todo por ela. Você ficou meio preocupado com a roupa que eu ia vestir, mas quando me viu pronta, você disse:

- Tá bonita...

E a gente se divertiu muito, lembra? O que tinha naquela pinga, heim fedo?! Haha! Saímos com duas canecas e voltamos com quatro! Quase destruí teu carro na volta... Teu carro e o meu prédio. E no outro dia acordamos com uma puta ressaca e ficamos o dia todo dentro do apartamento. Domingos servem pra isso mesmo, né? Mas meus domingos têm sido tão diferentes, fedo...

"... uma saideira, muita saudade...", meu pançudo.

Eu não sei SER alguém sem você. Sei como é absurdo alguém dizer isso. Eu seria uma das pessoas que me xingaria por dizer algo tão... absurdo! Porque pra ser alguém a gente não depende de ninguém. Mas eu nunca tinha experimentado a dor insuportável de perder alguém tão importante e não poder fazer nada a respeito. Simplesmente ter que aceitar e não conseguir... Ter que assistir meus sonhos escapando entre meus dedos e não poder reagir.

Mas, como disse Guimarães Rosa, "as pessoas não morrem, tornam a ficar encantadas". Bem, fedo, posso estar errada sobre o autor e a frase, isso sempre me acontece, né? Mas é isso. Tendeu tudo?

Aí, meu lindo, "depois de te perder, te encontro com certeza! Talvez num tempo da delicadeza... Onde não diremos nada, nada aconteceu. Apenas seguirei como encantada ao lado teu."

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