quarta-feira, 21 de abril de 2010

e sangra...




'Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas,
portanto,
às vezes ganhamos,
às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo,
não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio,
que entendam seu amor.'

Caio F.





Nunca joguei muito bem, mesmo com o zap nas mãos, mesmo com os Ás. Não sei blefar, não sei bolar uma estratégia, não sei pensar tão rápido assim... Até jogando rouba-monte não sei disfarçar, meu Deus. Toda vez que aparece aquela carta em minhas mãos pra roubar o maior monte de todos bem no fim do jogo, quase me dá uma crise de riso. Mas às vezes vem uma luz e eu até acho que sei fazer tudo certinho.

É. A vida de alguns deve ser assim mesmo. Meio torto, sem blefe, aparentemente sem nenhum objetivo. Daí você apareceu, fedo, e me mostrou que a vida é um tanto maior do que eu imaginei. Tem um tchan a mais que eu não havia percebido. Nada ficou mais fácil não, muito menos mais simples. Continuo sem saber bolar estratégia nenhuma. Mas o que antes parecia um problema por não saber blefar na vida, por saber que quase nunca ganho, virou um alívio. Perder tanto me fez ganhar muito, inclusive um coração cheio de hematomas, porém forte e amarelo, mas quase sempre vermelho. Um coração de carne, um coração de verdade.

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