terça-feira, 4 de maio de 2010

perpétuo.



*a distância é apenas física, meu amor.

'Dói muito,
mas eu não vou parar.
A minha não-desistência é o que de melhor
posso oferecer a você
e a mim neste momento.
Pois isso,
saiba,
isso que poderá me matar,
eu sei,
é a única coisa que poderá me salvar.
Um dia entenderemos talvez.'

Caio F.




Já pensei muitas vezes se não seria melhor - para mim e para os outros - aceitar de coração aberto tudo isto que aconteceu e deixar a vida seguir seu fluxo, da forma natural que é. Todo os dias muitos morrem... e muitos nascem! Mas eu não acho justo (se é que algum dia entenderei bem o que é essa justiça que tantos falam). Não é justo pra mim, não é justo pra você, não é justo pra nós. Morro de medo em pensar que seguir o fluxo é permitir que tuas lembranças fiquem cada vez mais longe. As pessoas podem me dizer o que quiserem, fedo, argumentando que não é assim, e afirmando que eu jamais vou te esquecer. Eu sei disso. Assim como eu sei muito bem como funciona essa natureza da vida, que é muitas vezes ingrata. E eu não quero que ela seja ingrata com você, nego véio.

Apesar de eu não precisar disso aqui para que você viva intensamente em mim, aqui é o espaço garantido para que as pessoas jamais te esqueçam ou só te lembrem vagamente. Quero você intenso com a gente. E às vezes, serve para mim também, nos momentos das piores fraquezas, porque eu também não sou de ferro.

Tô numa luta sem fim contra o tempo e, às vezes, contra a vida. Isso talvez seja o preço que se paga quando se quer manter para sempre coisas boas, realmente boas.



Ps: de repente, surgiram pessoas que eu nem conheço e nem te conhecem, fedo, acompanhando este blog. E embora a principal intenção disto seja escrever para você e para mim, acho de uma beleza tremenda tamanha cumplicidade de pessoas tão desconhecidas.

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