sábado, 29 de maio de 2010

sobre o humor.




'Porque esse talvez seja o único remédio
quando ameaça doer demais:
invente uma boa abobrinha e ria,
feito louco, feito idiota,
ria até que o que parece trágico perca sentido
e fique tão ridículo que só sobra mesmo
a vontade de dar uma
boa gargalhada.'

Caio F.




Sei o quanto às vezes a vida dói. Não é a morte não que dói. Essa, a vilã (coitadinha!), é mais alívio que dor. O que dói de viver é a vida. Entende? Essa pressão da vida, essa permanência dela, essa aparência de que é looonga, looooonga e looooooonga... Puxa, senhora vida!

Acho que todo mundo precisa ser um pouco Deus (ou ter um pouco dEle) para suportar essa vida. É preciso criatividade, nego véio. Mais ou menos como se a gente tivesse que "inventar" uma história nossa pra fazer sentido praquilo que estamos fazendo aqui. Entende? Cada dia uma história nova. Às vezes não precisa nem ser continuação do capítulo passado. Pode até ser uma história meio non-sense como as novelas das 7. Mas precisa ter um enredo pra gente atuar. Sei lá. Tenho um pouco de medo de ser só cenário. Mas o medo é bem pouco. Às vezes até prefiro ser só cenário e ficar bem quietinha aqui no meu canto, como uma pedra. É isso. Como uma pedra. Que nem sei se sabe que é só uma pedra, mas me parece estar bem contente consigo mesma.

2 comentários:

Josi Puchalski disse...

Fiquei pensando aqui, com as tuas palavras: vezes pedra, vezes cenário. Vezes atores tb, não?

Um beijão

Lia Araújo disse...

Tb tenho medo de ser só cenário!
Bem, pedra se sente tão pedra e se ocupa tanto nisso que ser pedra basta! Mas, bastaria pra ti? Com uma alma tão doce?
É viver é difícil... hoje tá difícil!
Muito dificil! E como o Caio dizia: "Hoje existir me dói feito uma bofetada"
e não é daquelas que é pra gente acordar... é daquelas pra doer mesmo!

Que coisa pessimista, né?
Eu te admiro tanto, de verdade!


bjos
Bom fim de semana