terça-feira, 27 de julho de 2010

flores, amores, dores.




'a gente se dá conta do quanto somos protegidos
quando
estamos em harmonia com o nosso coração.
De que o nosso coração é essencialmente amoroso,

o bordador capaz de tecer as belezas que se manifestam no território das formas.

De que, sabedores ou não,

é ele que tem as chaves para as portas que dão acesso aos jardins de Deus.

E, vez ou outra, quando em plena comunhão criativa,

entra lá, pega uma muda de planta e
traz para fazê-la florescer no canteiro do mundo.'


Ana Jácomo




O que eu mais tenho pensado, fedo, nestes últimos dias, é de quanta coisa bonita ficou dentro de mim. Todos os cuidados que você tinha comigo foram sementinhas plantadas aqui dentro e, hoje, começam a dar as primeiras folhinhas verdes. Verdes de esperança, da mais linda, da mais forte. Daqui um tempo, aqui dentro vai tá colorido por demais, e perfumado também, e querendo distribuir essa belezura toda pra esse mundo precisado. E daqui mais um tempo, a poda vai ser necessária. E por você ter plantado tudo isso com tanto cuidado aqui dentro, eu sei que a poda vai doer (como toda poda dói), mas vai ser uma dor bonita (como todos os bons sentimentos são).

Lembra de quando a gente assistia filme, fedozinho? Quando chegava naquelas partes tristes do filme, você olhava pra minha cara e dizia: 'chora não, muié...' Mas eu quase nunca estava chorando. Hoje choro tanto, nego véio. Choro até em propaganda. Choro com qualquer declaração de amor e choro com qualquer separação. Há tantas coisas simples que passaram a me emocionar de uma forma que me faz ser capaz de compreender alguns planos de Deus. Alguns.

Passei a respeitar cada casal de amantes com todo o respeito que merecem. Passei a pedir proteção para Deus a cada ser do bem que encontro no caminho. Passei a sentir as dores de muita gente com muito mais facilidade, mesmo de gentes que não conheço tanto. Porque o ser humano tem uma mente meio esquisita, viu. Sabe que tudo aquilo que se vê nos noticiários da TV acontece, sabe que é de verdade, mas raramente percebe que aquilo pode também acontecer com nós, pode nos atingir certeiramente. E dói... dói pra sempre.

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