quarta-feira, 18 de agosto de 2010

(parêntesis)

Estranho saber que não vou mais te ver por enquanto, fedozinho. O coração ainda leva um susto quando se lembra disso, acha? Porque na maioria das vezes, parece que você só está longe, cuidando da tua vida. Como sempre foi quando a gente não namorava. Você aí, eu aqui.

Você com tuas namoradas, com teus rolos, com teus casos. Eu, com meus rolos, meus casos, meus namorados (mentira. Namorados mesmo tive poucos, bem poucos, você sabe. Companheiro, parceiro, amigo... foi só você. Aquele que eu tive vontade de fazer o mundo parar só pra não correr o risco de perder o momento; aquele que eu tive medo de perder, porque eu tinha certeza de que parecido nunca mais encontraria, muito menos melhor; aquele que eu amei do fundo do coração, e de tanto amor, sentia vontade de fugir correndo de medo, mas era só você chegar e me olhar que eu me acalmava e tinha certeza de que ali era o meu lugar. Pode ser que venham outros, mas você foi o primeiro. Você foi aquele que eu escolhi e por isso será sempre especial. Outros virão, eu sei. Mas sempre me passarão a sensação de plano b. Nem melhor, nem pior. Apenas diferentes do primeiro.)

O coração ainda se assusta com a tua ausência imposta, nego véio. E eu sei que não há o que se fazer em relação a isso. Porque a fé me diz que vou te reencontrar, mas o coração vira e mexe pergunta quando isso vai acontecer. Quando? Deus é quem sabe, não é? Coração bobo precisa aprender também. "Tá na hora de crescer, coraçãozão...", digo eu agora para ele.

E o que mais me impressiona, fedo, são as voltas que a vida dá. Um dia, a gente é a pessoa mais feliz do mundo; no outro, a gente é tão infeliz que quer até esquecer que vive. Um dia, a gente pensa: "uhuuuu! Chegou a minha vez!!!"; no outro, a gente chora: "tão rápido se foi... o que fiz de errado?". Embora saibamos que não fizemos nada de errado, a gente vive se culpando e imaginando que poderíamos ter feito mais, poderíamos ter sido melhores. Mas a gente foi mais, a gente foi melhor.

Nós tivemos todas as chances do mundo para dar certo. Já pensou nisso, pança? TODAS. E Deus só permitiu que você fosse embora quando Ele percebeu que o nosso sentimento já estava selado e, portanto, eternizado. E se a tua partida me machuca, fedo, ainda, até hoje, não é porque eu não sei me dar o valor que mereço. É simplesmente porque te amo demais. Desde o primeiro olhar, desde a primeira palavra, desde o primeiro abraço, desde o primeiro beijo, desde a primeira dor. É te amando assim que conquistei o valor do ser humano que sou hoje.

Nosso valor não está no quanto choramos e nos doamos, mas sim no quanto nos conhecemos pra saber o porquê choramos e o porquê nos doamos. Eu sempre soube muito bem.

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