terça-feira, 23 de novembro de 2010

diálogo com a vida.


'Talvez nesses momentos
o gesto mais promissor e generoso possível seja,
com toda a calma que soubermos,
começar a sair do monólogo esquisito para dialogar a partir do coração.
Talvez seja arriscar descobrirmos juntos
o que está turvando a água antes que ela se torne mais poluída.
E, se o sentimento compartilhado realmente
for bacana e precioso para as duas vidas,
quem sabe pedir uma para a outra com honestidade:
“não desiste de mim.”'

Ana Jácomo





Quando eu paro e penso na minha vida, nego véio, fico um pouco assustada. Várias vezes já me peguei imaginando vivendo outros relacionamentos, com pessoas diferentes de você. E no meio de tanta confusão, entre as batidas de saudade e esperanças que o coração dá, a única coisa certa, fedo, é que nada, absolutamente nada, vai ser como antes.

Vou te explicar.

Penso eu aqui com os meu botões que se eu já perdi um grande amor, o que poderia me dar medo? Nada, não é? Diante da dor que se passa - e que se tem - por ter te perdido para ninguém menos que a vida, nada me amedronta. Isso é perigoso, sabia, pançudo?

Lembra que uma vez eu te disse que diante de tanta besteira que você fazia, às vezes, eu sentia vontade de te matar? (Isso sim é assustador, rs. E imagine você que nós nem estávamos namorando nessa época...). Amores muito intensos dóem também. Embora eu tenha sido muito feliz com você, foi uma batalha árdua e sofrida. Tive que brigar comigo mesma para te amar. E eu própria me venci, e você me amou. Mas não quero mais isso, fedo. Quero paz. Quero leveza. E, talvez, quem sabe?, quero mesmo a solidão.

Mas por ora, deixe estar. A gente nunca sabe mesmo ao certo o que é que quer, não é? E só querer também não adianta grandes coisas. Enquanto estamos indo, Deus já está voltando, com algodão doce na mão e o maior sorriso faceiro na cara.

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