terça-feira, 22 de novembro de 2011

saudade sem socorro...

Quem sou eu? Quem é você? QUEM FOI VOCÊ? Quem fui eu?...

Pode me chamar de doida, viu... porque tenho percebido que a alma sempre fica cansada no fim do ano. Parece que todas as lembranças ficam mais intensas. Parece que toda saudade machuca. Parece que tudo vai ser sempre igual tudo. Pessoas nascendo, pessoas morrendo...

Eu sei lá o que espero da vida, fedo... (é muito ruim não saber o que esperar?).

Eu esperava, no fundo, ficar com você (desde que te conheci). E mesmo se não ficasse, eu esperava saber de você por anos e anos. Eu esperava te ver grisalho e meio pançudinho. Eu esperava saber como você seria sendo pai, avô, bisavô... Mesmo se não ficássemos juntos, eu esperava te encontrar, daqui muitos anos, no meio da rua e dizer:

- Quanto tempo, Gio!!!!! Você não mudou nada...

É tão difícil... porque você indo, esse futuro também foi.

Eu esperava morar com você. Eu juro que esperava ter uma história mais comprida com um final menos trágico. Eu juro que acreditei nisso. Não foi por falta de fé nem desejo que isso não aconteceu. Nem por falta de mérito (se é que eu posso falar em mérito).

Continuo gostando daqueles temperos que a gente ia plantar na nossa casa. Continuo gostando muito de cachorros, tipo os que a gente ia cuidar na nossa casa. Continuo gostando demais de você, embora eu saiba que essas coisas não mudarão nada.

Você consegue imaginar o tanto de força que é necessária pra manter aberta a porta do coração? Se puder, arranque os trincos desse coração que você tanto conhece, fedo... porque, às vezes, mesmo sabendo que é preciso escancarar pra arejar, o cansaço vence e a porta bate.

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