domingo, 17 de janeiro de 2010

ir.



"Não fugir, mas ir. Isso, tão doce: não fugir, mas ir..."
, Perto do Coração Selvagem - Clarice Lispector.

Você sabe que ir sem fugir é a paz dos que não se arrependem, né fedo? É por isso que não fujo nunca de você. Muito menos da dor. É por isso que gosto tanto de falar sobre você. Principalmente com aqueles que eu sei que sempre te quiseram o bem e fizeram o possível pra isso. A gente sente quem sente, fedo...

Ontem eu quis sair. Quis beber. Quis brindar o fim desse tal de TCC, sabe? Aí, por um segundo, me senti sozinha, como se não houvesse ninguém pra comemorar comigo. Acredita? Te senti um pouco longe. Mas saí do mesmo jeito. E no meio desse percurso todo, meu salto quebrou e eu ri demais. Mais ainda quando a primeira imagem que me veio na mente foi de você. Sim, tu memo, fedo... soltando a maior gargalhada da minha cara e dizendo: "mulé... ce num sabe nem anda de salto, beeecho". E eu percebi que você está tão perto de mim, fedo... que às vezes te confundo comigo mesma e fico achando que você me esqueceu.

Mas mesmo com o salto quebrado, eu continuei indo, fedo. Porque é preciso ir, não é? Sem fugir, mesmo que seja mancando com o coração apertado.

Bom saber que você ainda ri de mim. E, quem sabe, para mim.

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