"Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza.", Clarice Lispector.
E digo mais: delicadeza não quer dizer falta de força. Delicadeza é sutileza, é esperteza, é mais, sempre mais. É mais que se vai, é mais que se volta.
Sitações delicadas requerem força e coragem de todos que estão em volta. Não saber o que fazer não quer dizer que não se está ajudando. Não saber também é de uma grande delicadeza. Se nós não sabemos que nome dar para os sentimentos mais fortes que existem em nós, por que deveríamos saber o que fazer sempre?
A dor também é delicada, fedo. Ela ensina e aprende ao mesmo tempo. E quanto mais se tenta expulsá-la, mais ela cria raízes. Então a gente é obrigado a aprender a conviver com ela. Mas aí, depois de conhecê-la melhor, percebe-se como ela é bonita. E de tão bonita que é, a gente consegue sentir cada vez mais dor... tá me entendendo? Percebe que a dor é fruto do que foi bom e bonito. Percebe que a dor dói, porque ela só consegue ser desse jeito. E não é por maldade... Ela precisa ser assim, pra ser notada. Mas só escuta o que ela diz quem percebe essa tal delicadeza que gira em torno do mundo; quem tem a sorte de sentir uma folha tocar os cílios.
Continue aparecendo nos sonhos, fedo... por favor. Essas tuas aparições inesperadas e cheias de "coincidências" são pura poesia, do tipo mais lindo que já ouvi falar.
São sim... porque aqui a gente fala de amor, fé e esperança.
Saudades, meu amor.
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