terça-feira, 31 de agosto de 2010

por dentro.



'A gente aprende a se defender e a lutar pelas coisas que quer.'


Caio F.






Gosto de você.

É com você que eu queria ficar, fedo. Tudo seria tão mais simples na minha vida. Tudo se encaixaria perfeitamente, tudo seria compreensível, tudo. Até se você resolvesse me largar daqui uns 7 anos, tudo bem. Tudo ainda se encaixaria.

O que não se encaixa, de jeito nenhum, é isso. É você aí, eu aqui e esse amor enorme de grande. É querer te ver por um segundinho e não poder. É querer te sentir de verdade e não conseguir e, quando acontece, a gente não sabe se aconteceu mesmo ou é pura loucura cheia de saudade. É essa grande merda (desculpe a palavra) que fica.

Deus sabe o que faz, não é? O problema é que eu não sei muito bem o que faço. Se não faço, acho que deveria fazer algo; e se faço, acho que fiz tudo errado. Essa sensação de "daqui-a-pouco-tudo-volta-ao-normal" tá me pirando, barbudo. Daqui a pouco nunca demorou tanto.

Já faz quase um ano que tudo aconteceu. Se eu disser pra você que não me acostumei ainda com a "solidão" será mentira. Porque me acostumei sim. E essa foi a parte mais fácil, sabia? Eu sempre convivi muito bem comigo mesma, sempre gostei de ficar sozinha em alguns momentos, sempre acreditei que eu posso ser feliz por mim mesma e basta. Mas agora tem uma diferença, lindudo. Quando a alma da gente é marcada violentamente, nada mais volta ao normal. Nada. E mesmo eu me sentindo a vontade comigo e com a minha dor, eu sei que sempre vai ter aquilo que vai me incomodar. Sempre. Como um calo que nem sempre dói, mas que em alguns dias lateja loucamente. Sem motivo. Talvez só pra nos lembrar que ele tá lá e não vai sair.

A gente ri, a gente chora, a gente grita, a gente brinca, a gente canta... mas por dentro, só a gente sabe o que é que tem.

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